A Doçaria e o saber viver
A Julieta e a Paula juntaram-se para elaborar queijos de figo e enquanto falavam da vida, e das suas vicissitudes, a Julieta olhou para a pasta de figo e amêndoa e disse à Paula:
"Estas cousas na se fazem c'm tristeza."
A Paula relatou este episódio à sua filha, Alexandra e esta percebeu que a verdade da vida e da relação que temos com as matérias está à nossa vista.
A frase passou para a parede e para a comunicação da marca.
Coincidindo este episódio com a abertura da loja Doçaria do Sul, tudo começou a fazer sentido.
Esta loja é sobre como interpretamos a doçaria: uma arte sobre a alegria.
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Nós e os outros
As diferentes dimensões da frase
Ao refletir sobre a frase: após a ter apresentado a tantos visitantes, a observar a facilidade com os clientes a fotografam e a analisá-la por necessidade de reinterpretá-la para diferentes dialéticos e perspetivas, percebi que tem um valor universal e desejável.
A Julieta falou com voz de povo e de indivíduo em simultâneo, demonstrou uma postura de fragilidade e de guerreira, a Paula entendeu a resistência na voz e nas ações. A Alexandra comoveu-se e reconheceu aquilo que não consegue explicar a ninguém: o que nos faz sentir ligados a uma terra. O “inço” humano.
Se esta frase poderia ter sido proferida noutro lugar, sim, sem dúvida, mas foi aqui e este privilégio ninguém nos tira.
