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Cabazes de produtos algarvios

Résteas de Figo

A Doçaria do Sul resgata tradições algarvias como as résteas de figo, valorizando receitas antigas e técnicas artesanais através do Festival da Comida Esquecida e das suas oficinas de doçaria.
Resteas de figo

Résteas de Figo

As résteas de figo são um doce algarvio do qual apenas tinha encontrado referências em livros.

Encontram-se no famoso Cozinha Tradicional Portuguesa da Maria de Lourdes Modesto e em Doçaria em Figo da Conceição amador

As recolhas de doçaria popular são, na verdade, um trabalho recente e selecionado tanto pelos pesquisadores como por aqueles que deram o seu testemunho— como a colega Susana Calado Martins, do inspirador Festival da Comida Esquecida, costuma recordar. Para os livros e registos, as testemunhas partilham com os investigadores os seus pratos mais especiais, festivos e singulares. É essa, afinal, a essência de qualquer receita: uma fórmula criada para ser repetida, para merecer lugar na memória. Muitas vezes existem mais pratos para além das receitas conhecidas, dos livros é por isso que surgem sempre coisas novas mas antigas.

Entre essas receitas estão as résteas de figo, que outrora marcavam festas, oferendas e mesas. Hoje quase desapareceram, talvez porque exigem tempo e dedicação — algo que, como acontece com tantos produtos artesanais, nem sempre se traduz no seu valor comercial.

O Festival da Comida Esquecida tornou-se, assim, um ponto de partida para recuperar práticas antigas e experimentalmente reencontradas. No evento realizado na Herdade do Barranco do Vale, conduzimos duas oficinas de doçaria: uma dedicada ao figo e outra à amêndoa, orientada pela talentosa Fátima Soares. Estes momentos de resgate — pequenos mas essenciais — são parte da missão que partilhamos tanto no festival como na Doçaria do Sul: impedir que certas tradições desapareçam de vez.

As résteas são queijinhos de figo com uma apresentação que poderíamos chamar sumptuosa. Inspiradas nos objetos do quotidiano rural — tão característicos da doçaria doméstica algarvia — lembram uma trança de alhos ou cebolas. São formadas por pequenos rebuçados de figo, embrulhados e entrançados até formarem uma única peça. Estamos já a trabalhar para tornar este produto comercializável muito em breve.

O Sul informação passou por este evento e deixou um registo.

Muitas vezes perguntam-me como se passa de designer de comunicação para responsável por uma mercearia de doces. A verdade é que este caminho fez-se de vários degraus, e a colaboração em eventos gastronómicos foi, um dos impulsos. No Festival da Comida Esquecida, desempenho um papel duplo: parte da produção e, em simultâneo, presença da Doçaria do Sul. Tal como as tranças que criamos, também o percurso que seguimos se desdobra em múltiplas ramificações — todas elas a conduzir ao reencontro com a nossa doçaria tradicional.

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